terça-feira, 18 de agosto de 2009

Movimentos sociais na Europa do século XIX (aos terceiros anos)

Voltando das férias hoje, retomei alguns assuntos já discutidos com meus alunos de terceiro ano...
Como exposto em aula, os conteúdos do 1º semestre giraram em torno da discussão sobre cidadania e deste conceito refletido e relacionado a partir da realidade do sistema capitalista.

Dando sequência, avançaremos os conteúdos levando em consideração outro "eixo" de trabalho, que será "Movimentos e lutas sociais".

Como prévia para as próximas discussõe, lemos o texto abaixo:




Movimentos sociais na Europa do século XIX

CLAUDIO B. RECCO

Durante o século 19, a sociedade européia conheceu um forte processo de organização política --o que deu maior consistência às lutas sociais.

Nesse período, a burguesia se tornou a classe social hegemônica, alcançando o poder em diversos países, fato que permitiu a expansão do capitalismo.

As Revoluções Liberais que ocorreram no continente tiveram repercussão também no Japão e na América, em particular nos Estados Unidos.

Em 1830, diversas revoluções varreram o continente europeu e foram responsáveis pela eliminação definitiva do Antigo Regime na França e pela independência da Bélgica. Os dois países tornaram-se monarquias constitucionais, em que a alta burguesia adquiriu papel preponderante no Estado, e deram início ao processo de industrialização. Em outros países, os movimentos sociais que pretenderam a independência ou a unificação foram abortados pela repressão.

Em 1848, novas revoluções ocorreram. Em seu conjunto, foram denominadas Primavera dos Povos, pois contaram com grande participação das camadas populares, em parte influenciadas pelas idéias socialistas. No entanto a ideologia predominante e que comandou os movimentos do período foi o liberalismo.

Apesar de ter sido uma grande "onda revolucionária", o liberalismo produziu transformações significativas na França, com a proclamação da 2ª República e a formação de um governo de coalizão com a participação de socialistas.

Durante todo esse período, percebemos a luta de outros povos na Europa: os poloneses e os húngaros buscavam a independência frente aos impérios russo e austríaco, respectivamente; alemães e italianos lutavam pela unificação --os alemães, principalmente de forma institucional, liderados pela elite da Prússia, enquanto os italianos, a partir de seus movimentos secretos nacionalistas. Na Inglaterra, a classe operária organizou o movimento cartista, que lutou por direitos políticos e trabalhistas.

Se o operariado passou a se organizar e a participar efetivamente da luta por direitos e diretamente pelo poder, foi a burguesia quem efetivamente passou a controlar o Estado e impôs a sua hegemonia.

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